quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Paragens mais brandas

Depois de muita destruição pela cidade, o tornado parece que foi mesmo embora, e sinto-me mais em paz para mostrar um pouco das nossas decorações natalícias.

Foi muito bom ter a carraçinha a saltitar de um lado para o outro, a dar opinião em tudo e a dar soluções para isto e para aquilo.

Todos os anos tenho o mesmo propósito: decorar a árvore de Natal de uma maneira diferente, bem mais actual, com uma decoração simples mas vistosa.

Mas logo desisto.

Não resisto às minhas bolinhas, fitas e luzes de sempre. Esta bola amarela, por exemplo, vem desde a minha primeira árvore de Natal. Tem resistido a todos os Natais ao longo dos anos, já lá vão mais de 30. Ainda lhes sinto o cheiro...

Nessa altura o pinheiro era cortado à socapa num pinhal da aldeia do meu pai. Ia com a minha mãe ao cair da tarde, para passarmos despercebidas. E voltávamos para inundar a casa com o aroma do pinheiro. Era um fascínio sentar no chão e ficar a olhar para as luzinhas a piscar. Que maravilha...

A minha mãe fazia sempre presépio. Estas eram as figuras principais. O José está todo colado graças a uma gata que eu tinha cá em casa e que adorava loiça partida. Também fizemos o presépio este ano. Não era minha intenção. Só planeava fazer esta composição e cobrir a cabana com musgo. Mas não resisti aos apelos da carraçinha e fomos desembrulhar as peças todas que estavam no fundo da caixa, algumas com o papel de embrulho de há tantos anos atrás... Mesmo sem musgo, fizemos uma aldeia. Agora temos de esperar que reabram a mata, que ficou danificada com o tornado, para compormos a cena e dar-lhe mais algum realismo. Agora sou eu a mãe a compor o presépio. Agora sou eu que tenho um filho de volta de mim completamente fascinado e vibrante com tudo o que diga respeito ao Natal. É tão bonito... Cada ano que passa é melhor.

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