quarta-feira, 28 de novembro de 2012

No mundo da fantasia

 Partimos sem destino. Ou melhor, o nosso destino era partir à descoberta. E fomos à procura.

 Entrámos no reino da humidade e da luz difusa e olhámos atentamente...

Não havia ninguém... Então demos um impulso vigoroso ao corpo, batemos os braços e voámos com os pássaros por sobre os telhados, rumo às nuvens fofas.

 Não é que não valesse a pena, mas não era para passar o dia a voar que tínhamos saído de casa. Então voltámos para os cheiros do verde e da terra e para junto dos outros animais. Haveria também por ali gnomos?

Continuámos sempre atentos... Mas nada, por enquanto. Um som aqui, outro ali, mas nada mais do que os animais comuns e as folhas a caírem das árvores. Onde estariam eles?

 Fomos atrás, não fossem aqueles dois humanos nada menos que dois trols disfarçados... Mas não, eram apenas um casal de ingleses simpáticos.

 Mas não desistimos da nossa busca! Procurámos por entre os cogumelos...

 ...debaixo das folhas...

 ...ainda soprámos por aqui, não fossem os malandros estar escondidos por entre os filamentos... mas não. Rimo-nos à brava com as cóceguinhas que estes pelinhos tão fininhos e macios faziam no nosso nariz, mas ainda não era hora de desistir.

 As mais duras batalhas são para os mais duros guerreiros. Dos fracos não reza a história. Quem procura sempre alcança. Blá blá blá. Menos palavras e mais acção! Que por aqui há quem não desista da luta e procure minuciosamente em cada canto e recanto por vestígios de vida fantástica.

 Bom, mas por enquanto, vida só mesmo a da flora que vamos descobrindo e explorando...

 E já não é nada mau! Ver tanta cor no Outono, é fantástico!

 Pena não ter trazido um saco para levar uns medronhos pra casa! Sim, de trouxinha às costas, havia de ser lindo, nós os dois a descer mata abaixo, a parecer os sete anões. Perdão, ele iria parecer um dos sete anões, eu, claro, a graciosa Branca de Neve. Isto para esclarecer e para que não restem dúvidas.

 E por entre bagas...

 ...e bugalhos...

 ...demos de caras com uma das casas dos smurfs!

 Eles só podiam andar por ali...

 Atenção... um barulho... um corvo a voar rasteiro... um esquilo a fugir... folhas a cair... atenção...

 A sério... o ar estava denso... os sentidos alerta... ele estava com medo, eu estava excitadíssima. Devagar... não faças barulho, não tenhas medo, está tudo bem... chiu...

Ora bolas, fugiu! Eu ia jurar que aquela coisa pequenina e rápida que vimos a passar era um smurf!!
 
Cansativa, esta aventura! Descansámos. Eu, depois de andarmos quilómetros; ele, depois de tamanha caminhada e de tantas emoções. Não vimos gnomos nem trols nem smurfs, oooohhhh... Mas o ambiente húmido e denso em algumas partes da caminhada faziam disparar a imaginação e fazer bater o coração mais rápido, especialmente o de criaturas mais sensíveis como a minha carracinha, eh eh. Lindo! O descanso dos guerreiros foi bem merecido.

1 comentário:

  1. Margarida querida,
    Posso bem imaginar a alegria e o empenho que seu filhote dedicou a essa aventura!
    Uma passeio para desenvolver a criatividade, gastar as energias e alimentar a fantasia.
    Você é uma mãe excepcional!
    Beijocas.

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